A maioria de nós já ouviu, talvez mais de uma vez, que as mulheres conseguem fazer muitas coisas ao mesmo tempo – bem diferente dos homens, que conseguem se dedicar a apenas uma coisa de cada vez. Essa percepção, cada vez mais aceita e “comprovada”, já seria um bom motivo para refletirmos mais se já não está na hora de efetivamente termos mais mulheres no comando das organizações em geral.
Tivemos uma recente experiência, traumática para muitos, de uma “Presidenta” da República, mas que, ao que parece, galgou esta posição por algumas características, digamos, não tão associada assim às mulheres (não cabe aqui detalhar). Talvez tenha faltado mais “A” para a “Presidenta”.
Com mais “A” quero dizer, literalmente, mais características femininas. Mais do que fez com que as mulheres se destacassem tanto nos espaços corporativos e políticos que duramente conseguiram e conseguem cavar. Mais “A” para mim é mais sensibilidade para lidar com pessoas e situações, que são cada vez mais complexas e exigem tratamentos diferenciados. Mais “A” é mais compreensão, mais carinho, mais cuidado.
Mais “A” é mais atenção, mais dedicação e capricho para fazer as coisas bem feitas – mesmo as pequenas e aparentemente sem tanta importância. Mais sutileza, mais leveza, mais suavidade. Mais capacidade de ir adiante em situações difíceis, visão mais ampla para enxergar o futuro com mais discernimento e assim planejar melhor. E mais intuição
Gestão é “A”, organização também. Humanidade é “A”, alegria também. Vontade é “A”, paciência também. Pessoas são “A”, qualidade de vida também. Amor não é “A”, mas amar é…
Bom, se as mulheres conseguirem “impor” estas características nas organizações e ainda serem responsáveis por tantas coisas ao mesmo tempo (sem perder a ternura!), acredito que as organizações precisam mesmo de mais mulheres no comando. Aliás, o mundo todo deveria compreender e aceitar que precisa de mais “A”…